domingo, 28 de junho de 2009

Imperatriz (Quem) somos nós?


Um homem aportou

Em nossas ribanceiras

Interrogando terras

Matas, cachoeiras.

Veio de muito longe

Sua companhia

São quatro soldados

E duas famílias.

Descobriu das águas

As terras dos confins

Bem no coração

Do Tocantins.

Rio d’agua

Henrique Guimarães


Imperatriz, a segunda maior cidade do Estado do Maranhão, a Princesinha do Tocantins, aclamada em versos de musicas, poesia dos amantes, crônicas e prosas. Geograficamente carrega consigo a tarefa de marcar uma das fronteiras da Amazônia Legal, tornando-se assim o Portal da Amazônia Oriental.

Motivos diversos trouxeram pessoas de distantes lugares do Brasil, muitos permaneceram e tornaram-se parte de um todo que é Imperatriz. Na história sócio-cultural de Imperatriz, as contribuições dessas pessoas são singulares, cada uma trouxe consigo, em suas algibeiras retalhos de suas vidas, que aqui foram se misturando e construindo a história de uma cidade que nasceu nas margens do formoso Rio Tocantis.

Esse rio possibilitou a chegada dos primeiros habitantes da antiga Vila de Santa Tereza. Fundada por Frei Manoel Procópio que abarcou por aqui na companhia de quatro soldados, e duas famílias (música, Rio d”água - Henrique Guimarães) se utilizando do transporte fluvial atracendo sua barcaça na margem direita do caudaloso rio.


Novas alternativas para se chegar a Imperatriz foram surgindo com o passar dos anos contribuindo para aumentar o contingente de pessoas que constituem a população desta cidade.

A rodovia Belém-Brasilia, rompeu fronteiras, e colocou Imperatriz, em situação de cidade passagem para muitos outros lugares. No entanto, pessoas de importância singular tiveram suas passagens registradas nas paginas da história de Imperatriz. Muitos que vinham só para um tempo permaneceram e deram continuidade a suas vidas nesta cidade, e consigo trouxeram suas contribuições.

Por reconhecimento da importância da contribuição destas pessoas, muitas homenagens foram ou ainda são prestadas. O próprio nome da cidade homenageia a uma ilustre visitante. Seguindo estes exemplos nomes de ruas e avenidas, logradouros públicos etc. Na atualidade outros meios fazem valer estes fins: com registra (Costa, 2006 p 28)


A partir de 1967, a Câmara Municipal de Imperatriz passou a conceder títulos de cidadania a pessoas que prestaram relevantes serviços ao Município ou contribuíram para o seu desenvolvimento e bem-estar da população, seja diretamente com cidadão residente ou na condição de profissional ou detentor de cargo publico, nas mais diversas esferas de Poder. São pessoas nascidas em outras localidades que, por merecimento, ganharam a título de cidadão imperatrizense.


O rol dos homenageados é enorme, e os nomes são notórios, sem intencionar desmerecer os demais enfatizaremos aqui o nome de duas pessoas que contam na ilustre lista simplesmente por abordar pessoas que recebem também o nosso endosso para tal homenagem, por ser de nosso conhecimento suas ações como indivíduos que tomam para si problemas de toda uma coletividade. Trata-se de Maria Querobina da Silva Neta. No seu currículo podemos listar os seguintes adjetivos: analfabeta, trabalhadora rural. Quebradeira de coco babaçu, sindicalista, liderança camponesa. Que dá sua parcela de contribuição na historia desta cidade, da qual ela também a adotou como sua cidade.

E igualmente merecedor, o líder camponês Manoel Conceição Santos, ambientalista nato, que registra no diário de bordo de seus dias vividos no decorrer de mais de 70 anos, lutas constantes de cunho local e global em favor das classes menos favorecidas, por terra, trabalho e dignidade, com a intenção de que um dia possamos dizer sem medo: Essa terra é nossa.


Suas ações são reconhecidas mundialmente. Entretanto, por motivos diversos foi cidade de Imperatriz que ele escolheu para permanecer e fincar aqui suas raízes. O titulo que também foi dispensado a este cidadão condiz com suas contribuições para a construção da história contemporânea desta cidade. Sobretudo no que diz respeito às lutas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, não só de Imperatriz, mas de todo o estado maranhense.

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