domingo, 26 de dezembro de 2010

Zeca Baleiro - Alma Nova


 Sempre que te vejo assim
Linda, nua
E um pouco nervosa
Minha velha alma
Cria alma nova
Quer voar pela boca
Quer sair por aí...
E eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Ainda não é hora
De partir...
Sempre que te vejo assim
Linda, nua
E um pouco nervosa
Minha velha alma
Cria alma nova
Quer voar pela boca
Quer sair por aí...
Eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Ainda não é hora
De partir...
Então ficamos
Minha alma e eu
Olhando o corpo teu
Sem entender...
Como é que a alma
Entra nessa história
Afinal o amor
É tão carnal...
Eu bem que tento
Tento entender
Mas a minha alma
Não quer nem saber
Só quer entrar em você
Como tantas vezes
Já me viu fazer...
E eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Você tem muito
Que aprender...
Então ficamos
Minha alma e eu
Olhando o corpo teu
Sem entender...
Como é que a alma
Entra nessa história
Afinal o amor
É tão carnal...
Eu bem que tento, tento
Tento entender
Mas a minha alma
Não quer nem saber
Só quer entrar em você
Como tantas vezes
Já me viu fazer...
E eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Você tem muito
Que aprender...
Eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Você tem muito
Que aprender...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Ensaio I Curso de fotografia SENAC

Fotografia de Rebeca Porto Aluna da I turma do Curso de Fotografia SENAC

Fotografia de Rebeca Porto Aluna da I turma do Curso de Fotografia SENAC

Fotografia de Rebeca Porto Aluna da I turma do Curso de Fotografia SENAC

Fotografia de Rebeca Porto Aluna da I turma do Curso de Fotografia SENAC

Fotografia de Rebeca Porto Aluna da I turma do Curso de Fotografia SENAC

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Livaldo Fregona no sofá

Dividi hoje o sofá da sala de espera da clínica oftalmológica com Livaldo Fregona, que estava ali  para examinar o cansaço de seus olhos, assim como eu. Livaldo é migrante capixaba, reside na terra do Frei desdo 1981, junto com ele veio parte de sua família. (escritor de ABISMOS) Livro que eu li, ainda nos anos 90. Mas nunca esqueci, tinha inclusive uma fotografia de capa feita contra luz. Também é escritor premiado pela Academia Imperatrizense de Letras pela sua contribuição para a literatura local. A conversa se deu de forma rápida, mas proveitosa. Coisas de cidade grande, dividir espaço com desconhecido e que tu ao tomar conhecimento do nome logo vai informar que reconhece o outro a partir de seus escritos em tempos pretéritos. (isso, só isso que eu disse a ele) Esse dia de fim de ano, vai deixar essa boa lembrança da força da casualidade. (ah, eu disse a ele que escrevia na madrugada...)


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Novos passos, Nonato e os gatos de minhas sete vidas

Consumi a sola de minha sandália de couro comprada no mercadinho confeccionada pelo velho migrante Nonato, artista marginal, fora de época como eu, que já gastei meu tempo de criar gatos de sete vidas. Meu bicho preguiça de estimação agora é camelo. Eu que vivo, viva nesse imenso deserto de mim que tu construiu com a minha acedência. Do que vale escrever agora esse meio quilo de lamentação. Nem sei como posso dizer isso, se sempre fui vista como boa moça de família. E assim criei meus sete filhos, alguns imaginários como tu. Outros paridos, pelas minhas partes à parte. Mas paro aonde vai meu grito? Se tu é descomposto de audição. Apelei para os outdoors pagos à metro quadrado e a chuva displicente descolou o aviso antes de tua chegada. Era aquela chuvarada variante de dias quente de verão. Não me importa, o que eu quero saber é onde deixei meus passos, passos lentos, ou aligeirados pelos espinhos que entranham minha carne, morta. Hum, morta? Como morta se ela se faz trêmula ao lembrar-se que teus olhos furtam-se da luz. Apelarei para o contato pele a pele, te darei abraços, afagos. E para que? Se a dormência te corrompes? Oh sim, minhas sandálias de couro cru, fétidas molhadas pela chuva empoçada nas calçadas baixas por onde piso me são companhia certas de tempos insanos. Devo desistir de certo, se faz certo. Ledo engano ainda atiço teu tempo com aguas de colônia barata, proveniente do mercado central ou de uma bodega da grande rua. E com brevidade lembro que já não alcanças ligar o botão do teu olfato. Faço o caminho, agora em tua boca salivada e te acordo de sono profundo. E a luz se acende ao fim do túnel...E além disso, procuro saber onde deixei meus passos? Guia-me. Faz-se necessário.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Com quantos dias se faz uma saudade?

Sessenta dias. Foi esse tanto de amor que eu te prometi. Cumpri à risca. Sessenta dias sem pausas ,nem para a leitura de poemas de Neruda. Até nesse tempo, Neruda nunca tinha ficado no esquecimento de um dia que fosse. No maxímo eu o substituia por Cecília, Cora, Gullar. Mas foi assim, bem assim mesmo. Sessenta dias. Nada soube dos noticiários, nem da morte de minha tia distante eu quis saber. Era de ti, só de ti, que se fazia meu tempo. Tempo que sessenta dias correu nas horas de uma semana. Logo que eu acordava, corria mundo. Atravessei o rio com flores pra Santa,  expus minha figura na ponte nova, e todas outras festividades eu me agreguei,  e de certo tu sempre junto. Invencionice para estar contigo não me faltou. E eu ia, como prometido te amando, sem medo e sem contar os dias. Tem contos que tem tempo determinado, mas, só de acabar a história. O amor, esse ficou nada para ele foi avisado que existe algo chamado "TEMPO" e se faz agora o tempo de contar de quantos dias se faz uma saudade.

Olhos de Rubão