domingo, 9 de outubro de 2011

Intercambio Cultural


Identidade Cultural é debatida em Imperatriz




Os mini-cursos, oficinas, palestras e relatos de vivências de moradores do município de Alcântara foram uma forma de mostrar o que é realizado nas pesquisas do Grupo Alma




Imperatriz - Com exposição fotográfica, palestras e dança, foi encerrado, no último final de semana, o I Colóquio Internacional Memórias, Diversidades e Identidades Culturais, organizado pelo grupo de pesquisa e extensão Alma, coordenado pela prof. Herli Carvalho, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com participação de professores do Líbano e da Universidade de São Paulo.  
As vivências de monografias e pesquisas de universidades particulares e públicas nas áreas de Direito, História, Educação e Pedagogia foram compartilhadas em plenárias durante as tardes do evento. As oficinas de capoeira angola, maculelê, samba de roda e dança afro entusiasmaram os participantes, que puderam vivenciar um pouco da cultura africana.
Os mini-cursos, oficinas, palestras e relatos de vivências de moradores do município de Alcântara foram uma forma de mostrar o que é realizado nas pesquisas do Grupo Alma. “O Colóquio tentou socializar as pesquisas sobre o tema em Imperatriz”, afirma Herli carvalho, coordenadora do evento.
Muito mais que socializar, o evento deu provas práticas de que se está resgatando a historia da região, através de exposições de fotos e desenhos.
Para os visitantes e participantes, as exposições demonstraram os diversos olhares em relação à cultura. "São fotos feitas no cotidiano das pessoas da comunidade, com o objetivo de retratar o dia a dia, para mostrar como a gente vive na reserva”, relata Valdeane Oliveira Barroso, integrante do grupo que realiza a exposição “Um inventário Histórico Social da Comunidade de Trabalhadores e Agroextrativistas da Reserva Extrativista Ciriaco, da cidade de Cidelância, Maranhão”.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

2ª Edição da Mostra


Presença de Ciriaco em evento Regional




Recebemos o convite para apresentar agora para um público regional as 30 fotografias coloridas da Mostra fotográfica do nosso projeto de cultura. Essa apresentação não faz parte do calendário das atividades do projeto.  No entanto, entendemos que é importante a exibição de nosso acervo, para um público diversificado e que entre eles muitos ainda não conhecem a realidade da RESEX CIRIACO, o que é objetivado pelo nosso "Inventário Histórico e Social"
Aguardamos um platéia significativa.

Jornal o Progresso - Divulga nosso Projeto



http://oprogressonet.com/noticiario/14213/regional/2011/9/27/jovens-da-resex-ciriaco-participam-de-oficina-para-construcao-de-inventario-historico-social-da-uc/


JOVENS DA RESEX CIRIACO PARTICIPAM DE OFICINA PARA A CONSTRUÇÃO DE INVENTÁRIO HISTÓRICO-SOCIAL DA UC

  • (Jovens da RESEX Ciriaco em oficina)
    ICMBio/Imperatriz
A construção de um Inventário histórico-social da RESEX Ciriaco tem como objetivo principal contribuir para o registro das atividades cotidianas dos moradores da unidade, na quebra de coco, no labor da roça, nas festas religiosas, nas formas de lazer e outros costumes que compõem a identidade cultural da população tradicional local esquadrinhado pelo olhar da juventude da comunidade através da fotografia.
A iniciativa visa ainda incentivar os jovens a compreenderem a importante contribuição das gerações mais velhas no processo da preservação e construção da identidade cultural das novas gerações; possibilitar aos jovens conhecer as técnicas e recursos básicos para manusear máquinas fotográficas registrando o cotidiano das famílias extrativistas; organizar um acervo fotográfico que retrate o cotidiano familiar dos comunitários e sua relação com o meio em que estão inseridos; realizar exposições com os materiais produzidos pelos jovens envolvidos no projeto, além de criar uma página na rede mundial de computadores, na modalidade blog, para divulgar as manifestações culturais da população tradicional da Reserva Extrativista do Ciriaco.
Uma oficina realizada no último dia 30 de julho de 2011 constitui parte da programação para a construção do Inventário Histórico-Social da Reserva Extrativista do Ciriaco, projeto de autoria da senhora Vanusa Babaçu, com aprovação junto ao Ministério da Cultura e que conta com a parceria do Instituto Chico Mendes, através do Núcleo de Gestão Integrada de Imperatriz-MA.
O evento ocorreu no Povoado de São Domingos, município de Cidelândia, e contou com a participação de aproximadamente 20 jovens de 18 a 27 anos das comunidades que estão inseridas no perímetro da RESEX Ciriaco ou em seu entorno. Estiveram presentes também Vanusa Babaçu, organizadora do encontro, e os servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, Euvaldo Pereira da Silva, e o analista ambiental José Jagno Rodrigues Nepomuceno que, na ocasião, foi quem conduziu a oficina.
Vale ressaltar que o projeto conta com uma programação que inclui estudos direcionados, oficinas, seminários, vivências e pesquisa de campo. Intenciona-se que, ao final do projeto, o resultado seja um acervo fotográfico construído pelos participantes, tendo ali sua marca, o olhar individual de cada um que deverá traduzir uma visão coletiva de construção de um Inventário histórico - social da Reserva de Ciriaco.
A oficina realizada teve ainda como objetivo aproximar a comunidade jovem da RESEX buscando um olhar diferenciado sobre a Unidade de Conservação e os problemas ambientais locais. Os principais temas discutidos foram: a importância do ICMBio na conservação da biodiversidade, Unidades de Conservação, Amazônia Legal, RESEX Ciriaco, Zona de Amortecimento e Leis do babaçu livre. O encontro contou também com produção textual, na forma de prosa e versos, traduzindo o olhar dos jovens acerca da RESEX Ciriaco, bem como leitura e interpretação de textos sobre problemas ambientais locais.
Durante os trabalhos foram exibidos alguns vídeos que retratavam o cotidiano das quebradeiras de coco babaçu, bem como imagens que revelavam diferentes aspectos ligados a RESEX Ciriaco. Na ocasião, o público jovem se mostrou bastante entusiasmado com o projeto e com a participação na oficina. (José Jagno Rodrigues Nepomuceno - Analista Ambiental – ICMBio)
 

Ciriaco na Foto


NOSSA MOSTRA - POLEMIZANDO E ASSOPRANDO BRASAS

http://www.jornalcorreiopopular.com/?id=16834



Interesses econômicos ajudam a destruir os babaçuais

Segundo o analista ambiental Jagno Nepomuceno, a queima do coco in natura é incentivada por empresas que necessitam de carvão.
Redação

Após o “Qual é a bronca?” de sexta-feira (30), onde foi registrado a denuncia da moradora Claudeane sobre a queima de coco babaçu verde na Reserva Extrativista do Ciriaco, povoado do município de Cidelândia-MA, procuramos o Instituto Chico Mendes e fomos informados que o caso é ainda mais grave. Segundo o analista ambiental Jagno Nepomuceno, a queima do coco in natura (verde e inteiro: amêndoa, casca e outros componentes) é incentivada por empresas que necessitam de carvão. “As siderúrgicas pressionam para que as pessoas façam carvão do coco inteiro, chegam a oferecer estrutura para a preparação e em alguns casos pagam até adiantado pelo serviço”.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ICMBIO, (Ministério do Meio Ambiente) é uma Autarquia Federal criada em 2007 pela Lei 11.516, e é responsável pela criação e gestão das Unidades de Conservação, as Reservas Ambientais, mais 310 em todo o país. O Núcleo de Gestão Integrado de Imperatriz responde por três Reservas Extrativistas, a de Ciriaco, a de Mata Grande e a do Extremo Norte do Tocantins. 

Dentro dessas áreas o órgão tem poder de polícia ambiental com força para executar punições por crimes contra o meio ambiente, mas, no caso da fabricação de carvão a partir do coco verde e inteiro, no Ciriaco, o órgão perde forças por não haver no Maranhão uma legislação estadual que garanta o combate a esse tipo de ação, como há no vizinho Tocantins. “Ficamos em uma situação que podemos chamar de ‘mãos atadas’”, lamenta Jagno.

Ele comentou que as pessoas apostam na produção do carvão com o coco in natura porque vêem uma maneira mais fácil de ganhar dinheiro. “Tem gente que antes, quebrando coco, andava de jumento. Hoje, queimando para fazer carvão, tem moto, antena parabólica. Já que não podemos atuar com uma fiscalização, por falta de uma lei estadual, precisamos encontrar uma forma de conscientizar essas pessoas e ao mesmo tempo oferecer alternativas de geração de renda a partir do mesmo produto (coco)”, explica o analista.

A ideia foi comprar uma máquina capaz de extrair do coco babaçu o óleo 100% orgânico, impróprio para consumo e muito utilizado por indústrias de cosméticos. O objetivo é montar na Reserva do Ciriaco uma usina de extração desse óleo, “diferente, aquecido em uma caldeira e depois colocado em um prensa de óleo. É fabricar esse produto e vender para a Alemanha através de uma empresa situada em Belém-PA”. Seria dar à essas pessoas a oportunidade de continuar ganhando dinheiro sem prejudicarem outras famílias que precisam do coco para quebrar, retirar componentes para o artesanato, a fabricação de azeite e outros 64 produtos oriundos do coco babaçu. A máquina que executa esse tipo de serviço já se encontra no Ciriaco, faltando apenas uma parte para que a mesma possa funcionar por completo. Enquanto isso, a venda do carvão continua acessa.


Jagno Nepomuceno diz que o carvão do babaçu é cobiçado pelas siderúrgicas por que essas empresas dependem de um produto eficiente para a regulação da temperatura dos fornos que os fazem funcionar. Essa eficiência é encontrada justamente nos componentes do babaçu.

Hemerson Pinto

Noticias de nosso Projeto (Emerson Pinto)


Projeto resulta em mostra fotográfica sobre a comunidade de Ciriaco

Com 30 fotografias coloridas, jovens moradores apresentaram no pátio da FEST registros do cotidiano de quem mora no campo.
Redação



A proposta do Inventário Histórico Social da Comunidade de Trabalhadores e Trabalhadoras Extrativistas da Reserva Extrativista de Ciriaco - Cidelandia – MA, foi idealizada pela pesquisadora, pedagoga e fotógrafa amadora, Vanuza Babaçu. O projeto foi aprovado pelo Programa Mais Cultura Microprojetos - Amazônia Legal, do Ministério da Cultura. Com 30 fotografias coloridas, que já são resultados do trabalho, jovens moradores apresentaram no pátio da FEST registros do cotidiano de quem mora no campo.

Segundo informações dos participantes do projeto, com base em relatos de moradores antigos, o povoado Ciriaco existe há mais de 50 anos, já a Reserva Extrativista foi criada há 18 anos e é vista como um divisor de águas na história da comunidade por ter dado a chance de cada família ter direito a um pedaço de chão, não sendo obrigada a passar por constrangimentos ao pedir espaço para plantar, muitas vezes negado por fazendeiros.

A oportunidade que os jovens tiveram de aprender técnicas de fotografia e fazer entrevistas com moradores mais velhos, despertou o interesse na busca pelo conhecimento do ambiente onde a maioria deles nasceu. “Eu descobri que na comunidade existem coisas que antes do projeto passavam despercebidas, pareciam insignificantes, mas na verdade são importantes para nós, como o babaçu”, declara a estudante Vanessa Sousa, que completou dizendo: “agora a gente tem uma história”.

Outra participante, Josilene Quitéria dos Santos, confessou que estava nervosa minutos antes da exposição começar a ser visitada. “Muita gente vai ver nosso trabalho, são coisas diferentes sobre o nosso cotidiano. O coração tá acelerado”. A moradora Claudeane Oliveira falou sobre as história contadas pelos primeiros habitantes do povoado: “os mais antigos dizem que, quando chegaram lá, o Ciriaco era apenas mato. Outros, que chegaram bem depois, lembram que já havia algumas casinhas e os riachos eram bem procurados para banho, lavar roupas...”.

O grupo afirmou que as fotos que mais representam cada um dos participantes são as que mostram as mulheres quebradeiras de coco, já que o histórico das famílias tem ligação direta com a quebra do coco babaçu. Essa atividade, unida ao labor da roça, as festas religiosas, as formas de lazer e outros costumes, compõe a identidade cultural da população tradicional. Os Jovens participantes tiveram a oportunidade de experimentar um intercambio de culturas. 

Hemerson Pinto

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Projeto em Ciriaco - Noticias


A MOSTRA - Noticias

http://www.jornalcorreiopopular.com/?id=16835




Ciriaco reclama falta de cuidados com questões ambientais

Ela e um grupo composto por outros jovens participam de um projeto que tem o objetivo de resgatar a história do povoado e apresentar ao mundo, através de fotos.
Redação

O alerta feito por Claudeane sobre a falta de cuidados na Reserva Extrativista Ciriaco, município de Cidelândia-MA, é na verdade uma reposta ao nosso questionamento sobre os principais problemas vividos pela comunidade. Ela e um grupo composto por outros jovens participam de um projeto que tem o objetivo de resgatar a história do povoado e apresentar ao mundo, através de fotos, as belezas e riquezas daquela região. 

O problema, segundo ela, é que “hoje as pessoas não valorizam tanto o que temos, parte dos habitantes da reserva (Reserva Extrativista de Ciriaco) não contribuem com isso e desenvolvem ações que prejudicam o meio ambiente, como o desmatamento, por exemplo”. Além disso, conta a moradora que o uso indevido do coco babaçu causa prejuízos principalmente às quebradeiras de coco.

Os jovens informam que estão acostumados a ver caminhões saírem carregados do povoado com carvão feito a partir do coco babaçu verde, o que eles consideram errado. “As pessoas vivem da extração de produtos que a terra oferece, o coco é um desses. Muita gente queima o coco verde e inteiro e vende para siderúrgicas, e quem precisa de coco para retirar azeite vai ficar no prejuízo”.

Claudeane explicou que um dos prejuízos que se tem ao queimar o coco ainda verde é a perda do mesocarpo, uma parte que fica entre a “pele” e a amêndoa (bago), que serve como alimento e, em alguns casos, é usado como remédio. Além disso, tem a amêndoa que é usada para comer, vender, retirar o azeite, fazer leite de coco. “Isso tudo é queimado e as pessoas não se preocupam que um dia tudo pode acabar, não é todo tempo que temos coco, é em alguns períodos do ano”.

Um dos banhos mais frequentados no povoado é o chamado “Mastigado da Jumenta”. De acordo com Claudeane, existem bares situados às margens do local que não se preocupam com a conservação. “Nem uma placa pedindo para não jogar lixo no córrego, existe. Tem aqueles tambores, mas as pessoas preferem ver o lixo descendo rio abaixo”.

Claudeane e um grupo de amigos fazem parte de um projeto idealizado pela pedagoga Vanusa Babaçu, e ontem realizaram uma exposição fotográfica no pátio da FEST, para mostrar o cotidiano, as belezas e personalidades do povoado Ciriaco. (Matéria ilustrada com fotos da exposição)

Hemerson Pinto