quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Flores de plástico




Registro: Vanusa Babaçu

Flores no quintal da Escola Agrotécinica - Campus Maracanã
IFMA - São Luis - Ma

sábado, 12 de dezembro de 2009

Teatro Mágico


Só enquanto eu respirar
vou me lembrar de você...

Fernando Anitelli



http://www.oteatromagico.mus.br/novo/paginas/

Depois de quatro anos de trabalho, mais de 85 mil Cds vendidos, destaque nos principais veículos de comunicação da Internet, a trupe do Teatro Mágico se prepara para lançar seu próximo álbum; O Segundo Ato. “Longe da crítica, perto do público”, assim relata o jornal “Folha de São Paulo”, elegendo, através de seus leitores, a cia. musical e circense como o melhor show da atualidade no Brasil. É desta forma, a partir da grande participação do público em sites de relacionamentos como orkut, youtube e outras mídias da rede, que se inicia o processo de “viralizar sem pagá jabá”.
A trupe criada por Fernando Anitelli, se propõe nesta segunda etapa a entrar mais a fundo nos dabates que cercam a sociedade desigual e desumana que nos rodeia. Procurando explorar a questão do livre compartilhamento das músicas na Internet defendendo a bandeira da musica livre, o Teatro Mágico passa a se apresentar com um perfil mais questionador e contestador. Nesta nova fase, é como se a trupe chegasse no universo urbano com mais profundidade , como o cotidiano dos moradores de rua citados na canção “Cidadão de Papelão” ou a problemática da mecanização do trabalho, citada no “Mérito e o Monstro” entre várias outras abordagens. Indo mais além, há um debate sutil e, por vias opostas, mordaz, sobre o amontoado de informações que absorvemos, sem perceber, assistindo aos programas de TV. Essas transformações não poderiam, no entanto, encobrir o universo lúdico e fantasioso da trupe, mas sim, acrescentar uma pitada de realismo no conteúdo em geral, incorporando o lema de endurecer sem jamais perder a ternura.




segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

dICy rOCha & BANDA


Letrista com une finesse e sutileza fora do comum , compositora graciosa, uma poesia e uma melancolia herdadas diretas da nossa raiz popular. Ela tem futuro essa Negrita.Esse show vai dar o que falar!!!(JOVANILDE)

“Versos de Hollanda”


Elicléia Clarícia





Um espetáculo sobre a obra de Chico Buarque de Hollanda


O espetáculo multimídia Versos de Hollanda, que presta uma homenagem ao poeta da música brasileira Chico Buarque, fará 04 apresentações no mês de dezembro. Dias 14 e15 no Auditório da UFMA e dias 16 e 17 no Teatro Ferreira Gular na cidade de Imperatriz/MA, às 20 horas.
Poeta maior da música popular brasileira, Chico Buarque de Hollanda é um artesão das palavras, que soube como poucos extrair poesia da aparente banalidade do cotidiano. No seu universo de malandros, prostitutas, travestis, o que transborda é o amor intenso, carnal, despudorado, verdadeiramente humano. Versos de Hollanda conta essa história de amores possíveis e impossíveis, mergulhando na obra do “velho” Chico, reunindo música, poesia e teatro.
Após três meses de ensaios exaustivos, Versos de Hollanda fará sua estréia oficialmente no Teatro da UFMA num espetáculo em homenagem aos alunos e servidores da instituição. A concepção e direção do espetáculo é do professor Dr. Gilbert Angerami. O espetáculo comprova que, por trás da aparente complexidade da obra de Chico Buarque, existe um compositor extremamente popular. “O mais difícil foi a escolha das letras e das canções a serem utilizadas no espetáculo, já que ao todo são mais de 450 composições e apenas 40 delas participam dessa montagem que tem a duração média de 1h e 15 min e está dividida em quatro partes: cotidiano, drama, regionalismo e bordel. Os atores e atrizes revezam-se recitando as músicas, muitas de peças consagradas do Chico, como Gota D’Água e Ópera do Malandro” acrescenta o diretor.
No palco, seis alunos e um ator convidado encenam a complexidade simples do grande poeta Chico Buarque de Hollanda, dentre as músicas escolhidas destacam-se: Trocando em Miúdos, Tango de Nancy, Ciranda de Bailarina, Gente Humilde, Atrás da Porta, Com Açúcar e Com Afeto, Olhos nos Olhos, Folhetim e muitas outras; onde as músicas do autor se materializam, em um desfile de personagens ora marginais, ora apenas pessoas comuns, mas plenos de vida.


VERSOS DE HOLLANDA
Um espetáculo baseado na obra de Chico Buarque de Hollanda
COM

CLARÍCIA DALLO
JULIANA CARVALHO
KALYNE CUNHA
MAURÍCIO SOUSA
MHALBA JANINE
NAYANE BRITO
ator convidado

RAUL MESQUITA
MÚSICOS
ANDERSON LIMA- Voz e Violão
MARCELA BARROS - Voz


FICHA TÉCNICA
Concepção, Roteiro e Direção: GILBERT ANGERAMI
Arranjos e Direção Musical: ANDERSON LIMA
Figurinos: CIA DE TEATRO UFMA
Cenários: CIA DE TEATRO UFMA
Iluminação: JOSÉ MACEDO E XIS
Som: JAIRO
Produção: GIL LOPES
Assessoria de Imprensa: ASCOM UFMA
Vídeo Cenografismo: CARLOS HENRIQUE BRANDÃO
Programação Visual: CH
Contra-Regra: ÍNDIO
Camareira: ADRIANA
Portaria: CHICÃO


Elicléia Clarícia


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Qunto nós merecemos?

Veja
Edição 1935
14 de dezembro de 2005


Quanto nós merecemos?

O ser humano é um animal que deu errado em várias coisas. A maioria das pessoas que conheço, se fizesse uma terapia, ainda que breve, haveria de viver melhor. Os problemas podiam continuar ali, mas elas aprenderiam a lidar com eles.
Sem querer fazer uma interpretação barata ou subir além do chinelo: como qualquer pessoa que tenha lido Freud e companhia, não raro penso nas rasteiras que o inconsciente nos passa e em quanto nos atrapalhamos por achar que merecemos pouco.



Pessoalmente, acho que merecemos muito: nascemos para ser bem mais felizes do que somos, mas nossa cultura, nossa sociedade, nossa família não nos contaram essa história direito. Fomos onerados com contos de ogros sobre culpa, dívida, deveres e… mais culpa.

Um psicanalista me disse um dia:
– Minha profissão ajuda as pessoas a manter a cabeça à tona d’água. Milagres ninguém faz.
Nessa tona das águas da vida, por cima da qual nossa cabeça espia – se não naufragamos de vez –, somos assediados por pensamentos nem sempre muito inteligentes ou positivos sobre nós mesmos.
As armadilhas do inconsciente, que é onde nosso pé derrapa, talvez nos façam vislumbrar nessa fenda obscura um letreiro que diz: “Eu não mereço ser feliz. Quem sou eu para estar bem, ter saúde, ter alguma segurança e alegria? Não mereço uma boa família, afetos razoavelmente seguros, felicidade em meio aos dissabores”. Nada disso. Não nos ensinaram que “Deus faz sofrer a quem ama”?
Portanto, se algo começa a ir muito bem, possivelmente daremos um jeito de que desmorone – a não ser que tenhamos aprendido a nos valorizar.
Vivemos o efeito de muita raiva acumulada, muito mal-entendido nunca explicado, mágoas infantis, obrigações excessivas e imaginárias. Somos ofuscados pelo danoso mito da mãe santa e da esposa imaculada e do homem poderoso, pela miragem dos filhos mais que perfeitos, do patrão infalível e do governo sempre confiável. Sofremos sob o peso de quanto “devemos” a todas essas entidades inventadas, pois, afinal, por trás delas existe apenas gente, tão frágil quanto nós.
Esses fantasmas nos questionam, mãos na cintura, sobrancelhas iradas:
– Ué, você está quase se livrando das drogas, está quase conquistando a pessoa amada, está quase equilibrando sua relação com a família, está quase obtendo sucesso, vive com alguma tranqüilidade financeira… será que você merece? Veja lá!
Ouvindo isso, assustados réus, num ato nada falho tiramos o tapete de nós mesmos e damos um jeito de nos boicotar – coisa que aliás fazemos demais nesta curta vida. Escolhemos a droga em lugar da lucidez e da saúde; nos fechamos para os afetos em lugar de lhes abrir espaço; corremos atarantados em busca de mais dinheiro do que precisaríamos; se vamos bem em uma atividade, ficamos inquietos e queremos trocar; se uma relação floresce, viramos críticos mordazes ou traímos o outro, dando um jeito de podar carinho, confiança ou sensualidade.
Se a gente pudesse mudar um pouco essa perspectiva, e não encarar drogas, bebida em excesso, mentira, egoísmo e isolamento como “proibidos”, mas como uma opção burra e destrutiva, quem sabe poderíamos escolher coisas que nos favorecessem. E não passar uma vida inteira afastando o que poderia nos dar alegria, prazer, conforto ou serenidade.
No conflitado e obscuro território do inconsciente, que o velho sábio Freud nos ensinaria a arejar e iluminar, ainda nos consideramos maus meninos e meninas, crianças malcomportadas que merecem castigo, privação, desperdício de vida. Bom, isso também somos nós: estranho animal que nasceu precisando urgente de conserto.
Alguém sabe o endereço de uma oficina boa, barata, perto de casa – ah, e que não lide com notas frias?

Lya Luft é escritora