terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Casa de Babaçu

Chá entre amigos marca a inauguração da Casa de Babaçu
Ambiente de estudo, compartilhamento, pesquisa e entretenimento
Guilherme Barros

Alunos, amigos e simpatizantes da fotografia reunidos com Vanusa
Foi inaugurado sábado, 11, o espaço Casa de Babaçu. Ambiente que servirá como oficina para que aulas de fotografia sejam ministradas e estimule a socialização daqueles que trabalham na área, tem interesse de conhecer ou querem compartilhar conhecimentos e todo um material já produzido.

Iniciativa da pedagoga Vanusa Babaçu, a casa surge como alternativa para o curso de fotografia no Senac (além de ser o único espaço com a oficina, o período das aulas é sempre noturno), pois muita gente, por indisponibilidade de tempo, não pode integrar as turmas de lá. “Eu não quero concorrer com o Senac, até porque lá eu também sou a instrutora. A questão é aumentar o leque de possibilidades para aqueles que se interessam pela fotografia e desejam agregar mais conhecimento sobre a área”.

Para driblar essa problemática com o horário, turmas pela manhã, tarde e finais de semana poderão ser formadas e terão um espaço fixo de encontro, estudo e exposição. “Aqui veremos a história dos fotógrafos que fizeram grandes contribuições e induzimos os alunos a pesquisar o máximo que eles puderem. Na internet, inclusive, existem diversos cursos com material muito rico. Mas, para aqueles que valorizam a presencialidade das aulas, nós estamos aqui”.

As oficinas visam dar um norte para os alunos. A história das câmeras digitais, a diferença das câmeras digitais e analógicas, fotografia de estúdio, composição fotográfica, luz, sombra. “O básico. Uma pessoa que faz esse curso não vai sair profissional. Fotografia é uma graduação de ensino superior de quatro anos, se faz uma pós, um curso técnico no mínimo (dois anos). Então, um curso de 40 horas é uma oficina, não tem condição de se sair profissional”.

Dallila Moraes, 18 anos, não chegou a fazer o curso, mas sempre simpatizou com a fotografia. Após conhecer o trabalho de alguns profissionais da cidade, resolveu ir atrás de mais informações. “A fotografia é tudo. Ela mostra sorriso, ela deixa eternizado algumas coisas, eu gosto muito disso”. 

Mesmo sem entrar, de fato, na oficina, chegou a integrar a quinta turma e ajudava nas composições e posava para fotos. A fotografia autoral predileta de Dallila é o retrato de uma porteira na fazenda. “Tá chovendo, o sol tá baixo, tá em contra-luz, muitas árvores, muito verde, a chuva ajudou bastante, deu um toque suave na foto.”

Jhonatha Pereira, 20 anos, já participou da oficina e já trabalhava com fotografia antes mesmo disso. “Meu primeiro envolvimento com a fotografia foi quando eu tinha 13 anos e ganhei uma Polaroid. Meu avô era fotógrafo, por hobby, acabei herdando esse interesse”. Mesmo com toda a intimidade com a arte, Jhonatha buscou aprimorar seus conhecimentos por meio do curso. “Há o estímulo de um olhar apurado e técnico que possibilita você descobrir qual área da fotografia combina mais com você. Fotografia de eventos, paisagens, pessoas, objetos...”

Antes fotografado em uma agência, o jovem fotografo descobriu sua preferência por estar por trás das lentes. E com o tempo, e com a ajuda da oficina de Vanusa, descobriu sua praia. “Eu sempre tive mais facilidade com a área da fotografia dirigida. Casamentos, ensaios, books, moda e afins”. Sua foto autoral predileta está em uma moldura enorme. “Ela tem quatro anos. Meu avô e minha avó estão conversando. Foi por causa dele que eu me apaixonei pela fotografia. Aquele retrato tem muito significado pra mim”.

A Casa de Babaçu se localiza na Rua Santo Cristo, entre Ceará e Rio Grande, número 1348 – Nova Imperatriz. Aos interessados, o telefone de contato é: 3535-5003.

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