É a explicação que a pedagoga Vanusa da Silva Lima dá para o nome de carreira, Vanusa Babaçu. Com 42 anos de idade, há apenas seis ela começou a fotografar e, acredite, não foi com a intenção de seguir carreira: “Foi durante a pesquisa para a minha monografia. Eu saia para pesquisar e nem sempre dava para anotar tudo, então comecei a registrar em fotos para quando eu chegar aqui lembrar o que tinha visto”.
Ela afirma que durante esse trabalho construiu um acervo grande de fotografias sobre quebradeiras de coco em todo o Maranhão. Foi quando o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Cocos, MIQCB, começou a procurá-la em busca dos registros que ela conseguiu fazer. A partir daí começou a se preocupar com a parte técnica da fotografia. “Fotografia é o flagrante da realidade. Depois que a foto é feita, já era. O que foi registrado não tem mais jeito. Pode até fazer outra foto da mesma cena, mas não é igual. Fotografia é a essência.” O acervo que possui tem cerca de 15 mil fotografias. “São as que achei interessante guardar.”
Há apenas seis anos na área, a fotógrafa social já foi convidada para fazer curadoria em seis exposições e já apresentou os trabalhos em várias cidades do Maranhão, inclusive a capital São Luis. Hoje Vanusa realiza cursos de fotografia, pensa e põe em prática vários projetos, sempre envolvendo foto. Na semana passada passou cinco dias com os índios da aldeia Gavião registrando o ritual fúnebre que eles realizam. O talento da mãe passou para a filha Isabel Maria Lima. Com apenas 13 anos, a menina conquistou o segundo lugar na categoria colorida do Concurso de Fotografia e Artes Plásticas dos 159 anos de Imperatriz.
“Gosto de fotografia, mas não tenho muito jeito para ser fotografada. Agora já estou mais acostumada”,confessa Babaçu.
Hemerson Pinto
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