terça-feira, 28 de junho de 2011

3° Concurso de Fotografia de Imperatriz: confira o regulamento


  O 3º CONCURSO DE FOTOGRAFIA DE IMPERATRIZ é uma promoção da Prefeitura de Imperatriz, com a coordenação do fotógrafo Eudes Sousa e apoio das empresas TV Mirante e TV Difusora, tem caráter exclusivamente cultural, não havendo qualquer modalidade de sorteio ou pagamento por parte dos participantes. É aberto a fotógrafos amadores e profissionais, brasileiros ou estrangeiros, de todas as idades.

Menores de 18 anos somente poderão participar devidamente representados por seus pais ou responsável, mediante documento escrito.

O tema geral do Concurso é "OLHARTE IMPERATRIZ". o qual tem o objetivo de dar ao fotógrafo um amplo campo criativo, envolvendo paisagens, gente, manifestações folclóricas, culturais, artísticas, sociais e esportivas, entre outras, da cidade de Imperatriz-MA.
Somente serão válidas fotografias registradas em imperatriz.

A utilização de programa de edição de imagens, via computador, deverá ocorrer apenas para ajustes de parâmetros básicos, como cor, contraste, nitidez e saturação. Não serão permitidas alterações drásticas nas imagens (colocação ou retirada de elementos) ou uso de efeitos especiais. Fotografias com evidências de uso de artifícios não previstos no regulamento serão excluídas pela Comissão Julgadora.

Cada participante poderá enviar um máximo de 2 fotos por categorias (colorida e preto e branco), sendo que somente uma de cada categorias será selecionada.

As fotografias devem vir acompanhadas da ficha de inscrição, disponível gratuitamente no site, a qual os inscritos preencherão com os seguintes dados: nome completo do autor, telefone, e-mail e endereço completo.

Todos os trabalhos apresentados deverão estar de acordo com o tema "OLHARTE IMPERATRIZ". Devem ainda ser inéditos. Portanto, não podem ter sido publicados em qualquer veículo de comunicação impresso ou premiados em outros concursos.

Todos os trabalhos apresentados com o tema “OLHARTE IMPERATRIZ” deverão apresentado junto com o arquivo em forma digital.

Os originais (negativo, diapositivo e arquivo digital) devem ser renomeado com o nome do autor da foto para identificação e apresentados junto com as fotos inscritas pelos autores para comprovação de obra.

Todas as fotos deverão ter tamanho de 20 cm x 30 cm, e impressa em papel fotográfico fosco. Mesmo fotos em diapositivos (slide ou cromo) e imagens digitais só serão aceitas se impressas em papel fotográfico no tamanho determinado.

As fotos inscritas não serão devolvidas e os inscritos estarão abrindo mão do material, que será doado para reciclagem de papel.

Não há obrigação da Comissão do Concurso expor ou publicar todas as fotos recebidas.

Não poderá participar deste concurso a comissão de julgamento, assim como seus familiares.

As fotos deste concurso serão usadas, única e exclusivamente, para a divulgação do evento (ou em outras revistas, jornais e sites para divulgação jornalística), no site da Prefeitura de Imperatriz (www.imperatriz.ma.gov.br) e outros da cidade, em exposição e num possível livro a ser publicado. As fotos farão parte de um “banco de imagens” e poderão ser usadas em publicidades, dando crédito ao autor.

A participação neste Concurso implica total aceitação das regras deste Regulamento. Cada participante, ao preencher a Ficha de Inscrição, deverá assinar e datar a declaração que nela consta. Sem a assinatura do participante, a inscrição será considerada inválida

Este concurso terá validade de 27 de Junho a 20 de julho de 2011.

As fotos deverão ser entregues até o dia 20 de julho de na FUNDAÇÃO CULTURA DE IMPERATRIZ das 13:00hs as 18:00hs á rua Luiz Domigues, 650, centro, ao lado do Teatro, IMPERATRIZ-MA, com a seguinte identificação no envelope: 3º CONCURSO DE FOTOGRAFIA DE IMPERATRIZ. Aos cuidados de EUDES DE SOUSA

Comissão convocará os autores fotos das três melhores fotos coloridas e preto e branco e das sete Menções Honrosas selecionadas para participarem de uma solenidade especial de premiação em local a ser divulgado, onde os vencedores das 3 (três) obras serão anunciados com exclusividade. O resultado do concurso ocorrerá no dia 27 de julho de 2011 em local e horas a ser a ser informado

O participante, ao preencher a ficha de inscrição, deverá assinar e datar a seguinte declaração: "Aceito as condições impostas pelo regulamento do 3º CONCURSO DE FOTOGRAFIA DE IMPERATRIZ, que li com atenção"

Uma Comissão Julgadora será a responsável pela escolha das três melhores fotos e das sete Menções Honrosas. Junto com o fotografo EUDES SOUSA Farão parte da Comissão Julgadora, um representante da secretaria de cultura e um representante da secretaria comunicação da prefeitura, um representante da academia Imperatrizense de letras.

A Comissão Julgadora, com total apoio dos participantes do concurso, é soberana para avaliar e decidir sobre os casos omissos neste regulamento.

PREMIAÇÃO PARA CADA CATEGORIA:
1º um notebook
2º um netbook
3º uma câmera digital compacta

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Coletivo Retrarte e o olhar de Samuca

  Delicia, delicia, depois de cinco dias fora do ar, (vida no sertão, com meus irmãos indígenas do povo GAVIÃO. Só hoje consegui  apreciar as páginas locais mantidas pelos blogueiros, dos quais estou tambérm inclusa. Adorei o post de Samuel, tão carinhoso e  motivador sobre nossa mostra. Agradeço e sinto-me lisonjeada.

 

 

Coletivo Retrarte expõe fotografias no Salimp

  Em meio há vários livros, na nona edição do Salão do Livro de Imperatriz (Salimp) encontra-se espaço também para exposição fotográfica. É o caso do trabalho do Coletivo Retrarte, capitaneada pela Pedagoga e Fotógrafa Social Vanusa Babaçu, resultado de cursos ministrados por ela no Senac. Segundo Babaçu o objetivo do Coletivo é “de maneira geral, apresentar trabalhos iniciais e ainda amadores, mas que se unificam no campo da arte visual”.

Vanusa Babaçu, tutora da Exposição
(Foto: Samuel Souza)

A mais recente iniciativa são os “Fragmentos de cada um de nós", que registra a diversidade das raças e cultura do povo maranhense, em momentos particulares, onde o olhar do fotógrafo não intimidou a revelação pessoal do fotografado. Negro, negra, mulato, mestiço, bumba-meu-boi, candomblé, devotos, trabalhadores rurais e as mais diversas cores da vida dão sabor à arte.

3ª EXPOSIÇÃO DO COLETIVO RETRARTE

Exposição Raízes Maranhenses 

 

As fotografias que exibem um pouco do nosso trabalho coletivo  são capturas de Rosana Barros, fotógrafa que é menbro desse grupo de pessoas que se encantam com a fotografia e ousam levar a publico o que enche os nossos olhos e preenche nossa vida de cor. Estive pouco (de corpo presente) nessa mostra, mas o suficiente pra sair envaidecida com os olhares de tantas pessoas que prestigiaram nossos trabalhos.







quarta-feira, 8 de junho de 2011

Chek List


Mocós arrumados e faltam ainda mais de 24 horas pra saída da expedição alunos e professores da UFMA e eu convidada desse seleto grupo, que se dará com o romper da aurora da sexta feira próxima. Entretanto, já estou no chek list e já notei a falta de alguns itens essenciais que ainda precisam serem  comprados inclusive. Vou finalizando outras tarefas pra viajar tranqüila, (é possivel) combinar quem fica com quem, e quem cuida de quem. Dizem que os filhos não crescem, eu discordo, mas sei que crescem sim e que as preocupações dobram. Isso eu já me certifiquei ao longo do tempo que carrego mochilas nas costas e os deixo em casa, seguros talvez. De verdade eu antecipo uma saudade, fico apreensiva, molinha, quero colo e é sempre assim. Nunca vou acostumar ou será que eu já gosto dessa dose de adrenalina?
Penso no resultado final da empreitada e concluo que vale à pena. Ainda falta o repelente, já fui avisada das companhias desagradáveis que me esperam em Alcântara-MA. Os pernilongos também sabem o que é cultura “viva” e fazem junto aos desavisados sua festa particular com tanto sangue novo disponível na cidade que recebe tantos forasteiros para a festança. Festa do Divino que iniciou no dia 01 e vai até dia 13 de junho. Melhor pensar nisso, na festa, nos clik’s no povo bonito que eu vou encontrar e vivenciar suas crenças e modo de crer tão diferenciado do meu. Tantos informações novas, ambientes bem peculiares, a tensão vai se perdendo pelo chegar da hora de embarcar vou experimentar o CATAMARAN , travessia de barco. Dessa vez eu levo meu coração abarrotado de duas saudades... Prometo voltar bem e logo, e em seguida arrumar mais uma vez o mocó!!! E lá vamos nós e viva a cultura de meu Maranhão! Viva a fotografia!

FESTA DO DIVINO DE ALCâNTARA COMEÇA NA QUARTA 1 DE JUNHO




fotografia de Mauricio Alexandre




ALCÂNTARA – A primeira cerimônia da Festa do Divino Espírito Santo 2011, em Alcântara, foi realizada nesta quarta-feira, dia 1º. As ruas ficaram lotadas de milhares de pessoas que no início da noite viram a cidade se tornar novamente um império com o levantamento do mastro do mordomo-régio. Como reza a tradição, a cada ano se revezam imperador e imperatriz. Este ano é do imperador Luís Augusto Silva Pinheiro.
Considerada uma das manifestações culturais mais ricas e tradicionais do Maranhão, a Festa do Divino chegou ao Maranhão com a colonização portuguesa. José Maria Pinheiro, mordomo-régio da festa este ano, disse que a função exige uma responsabilidade grande, mas que vale o esforço pela manutenção da tradição local.
“Ao mordomo cabe coordenar a arrecadação de recursos para a festa e sua realização, sendo essa função uma forma de pagamento pelo recebimento de uma graça. Eu me sinto muito honrado, por isso acredito que valia a pena o comprometimento”, disse.
A abertura foi marcada pela passeata e levantamento do mastro no início da tarde ao som das caixeiras, que anunciaram o começo da festa: um tronco de pericurana, com 13 metros de comprimento, enfeitado com murta, foi carregado nos ombros por cerca de 100 homens pelas ruas da cidade histórica. Apesar das diversas ladeiras que formavam o caminho até a Praça da Matriz, onde o mastro é fincado, os carregadores garantiram que a alegria de manter a tradição
lhes dá forças para seguir adiante. “Essa é uma tradição que passa através de gerações. Eu cresci acompanhando a festa, meu tio era carregador e esse é o segundo ano que ajudo a levar o mastro”, contou Rafael Oliveira.
Passeata – Por quase três horas de passeata pelas principais ruas de Alcântara, milhares de pessoas acompanharam o cortejo capitaneadas pelas tradicionais caixeiras do Divino. Das cinco caixeiras que puxavam o cortejo este ano, apenas três eram da cidade. “Lamento o fato de a tradição das caixeiras estar acabando em Alcântara. As meninas não se interessam pela função”, resigna-se dona Marlene Silva, caixeira há mais de 40 anos. Dona Anica Ferreira, 90 anos, é a mais antiga caixeira da cidade. “Com 16 anos comecei a tocar, incentivada por minha mãe”, lembrou.
Ao longo do percurso, oito paradas foram realizadas em frente às casas dos “festeiros” – pessoas que se propõem a receber a visita do mastro e em troca entregar comidas e bebidas aos devotos em homenagem o Divino Espírito Santo. Eusébio Martins, que cresceu acompanhando os cortejos, contou que participar mais ativamente de uma manifestação como essa é sempre uma experiência de fé. “Hoje a festa mudou muito. Tem muita gente que vem só para se divertir, mas quem vive esse momento de fato tem sua fé renovada a cada ano”, garantiu.
O engenheiro ambiental Mário Zago está na cidade a trabalho. Foi a primeira vez que o mineiro, radicado em Sergipe há 10 anos, visitou o Maranhão e disse estar encantando com a beleza da tradição alcantarense. “Minas é uma terra de forte tradição histórica, mas o que vi em Alcântara é inexplicável. Uma experiência cultural única”, afirmou.
Mastro – No início da noite, em um buraco de 2 metros de profundidade, o mastro foi fincado pelos homens de Alcântara que usam a força do braço para manter a força da tradição. “Esse momento grandioso é apenas o começo. O melhor fica para o Domingo de Pentecostes. É a parte mais linda da festa”, anunciou Eusébio Martins.
Relatos históricos dão conta de que moradores da cidade de Alcântara esperaram a visita de Dom Pedro II em meados do século XIX. Eles chegaram a levantar as paredes de dois casarões para hospedar o visitante e sua comitiva. As ruínas dos casarões ainda resistem ao tempo. Já os nobres nunca pisaram no local e até hoje a comunidade tenta reproduzir nas ruas o que não está registrado em nenhum livro de história: a visita do imperador à cidade que tem seu sobrenome.
 Alcântara é o cenário de uma das maiores festas do Divino Espírito Santo do estado, marcada por rituais na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, construída em 1665. Antes disso, esses rituais aconteciam na Igreja do Rosário dos Pretos, no bairro Caravela. É considerada a maior festa do Divino realizada no Maranhão, por constituir um ciclo que dura o ano inteiro, iniciando-se no Domingo de Pentecostes, quando ocorre o ritual da leitura do “Pelouro” e terminando no Domingo de Pentecostes do outro ano no mesmo ritual de leitura do Pelouro da festa seguinte.

]Fonte: IMIRANTE

domingo, 5 de junho de 2011

MARCIO Vasconcelos

A Imagem da Mina Nagô


Filha de santo da Casa de Nagô, pelas lentes de Márcio Vasconcelos

Eduardo Júlio · São Luís, MA
2/8/2007 · 301 · 22
A Casa de Nagô, um dos principais terreiros de culto afro de São Luís, terá registro em livro de fotografia e história. O projeto “Nagon Abioton – Um Estudo Fotográfico e Histórico sobre a Casa de Nagô” foi idealizado pelo fotógrafo maranhense Márcio Vasconcelos, 49, obtendo aprovação no mais recente Programa Petrobras Cultural.


A finalidade é apresentar a trajetória e as atividades do terreiro, através de textos e imagens. A Casa de Nagô, localizada no festivo e cultural bairro da Madre Deus, na área do Centro de São Luís, é considerado um dos terreiros matrizes do culto afro-maranhense tambor de mina, que possui importância semelhante ao candomblé, da Bahia. Sabe-se que a casa teria sido fundada por “malungos” africanos, sendo a Mãe Josefa, a fundadora do culto no final do século XVIII. “Trata-se de um dos terreiros mais tradicionais e dele se derivaram diversas outras casas de culto, da mesma linhagem, no Maranhão”, explica o fotógrafo.



Além de Márcio Vasconcelos integram a equipe de produção do livro, o poeta e jornalista Paulo Melo Sousa, o pesquisador Sebastião Cardoso Junior e a antropóloga Mundicarmo Ferretti. 
Márcio explica que apesar da importância e do prestígio, no momento, a Casa de Nagô enfrenta diversas dificuldades, como o pouco número de dançantes (mãe e filhas de santo) em atividade no local. Há somente quatro, todas entre 80 e 100 anos de idade, que integram o terreiro sob o comando de Dona Maria Lúcia, de 102 anos, a chefe da casa. Além disso, por dificuldades financeiras, elas não conseguem cumprir o calendário anual de festas. “Há pouco tempo existia um número significativo de dançantes, mas a quantidade diminuiu drasticamente, por morte ou por incapacidade física”, diz.



Ele acrescenta que há diversos trabalhos acadêmicos sobre a Casa de Nagô, porém não existe nenhum registro semelhante ao proposto pelo projeto dele. “Esta foi uma das razões para idealizarmos este livro, com registro imagético e literário. O objetivo é mostrar todas as festas realizadas pelo terreiro, com prioridade para a memória oral, colocando a voz das mães de santo”.



O fotógrafo enfatiza que mesmo com a finalidade de cobrir todas as atividades da casa, a parte imagética do livro priorizará a linguagem da arte. “Não será um trabalho narrativo ou didático e sim estético. Mas é claro, todas as filhas e mães de santo terão o seu retrato”. 



Segundo Márcio Vasconcelos, serão relatados detalhes acerca do culto, como cânticos, rituais, alimentos utilizados, plantas sagradas de cunho ritualístico, danças, entre outros elementos.



Ele conta que desde quando começou a fotografar, há quase 20 anos, registra os festejos e atividades das principais casas de tambor de mina de São Luís. “Acompanho de perto outros terreiros, mas a minha aproximação com a Casa de Nagô ainda é tímida. Por isso, a primeira etapa do projeto é criar um forte vínculo de amizade com as filhas e mães de santo do local”, ressalta.



FESTAS
As festas dedicadas ao vodum Jêje Sobô, deusa dos ventos e da tempestade, sincretizada com Santa Bárbara, no mês de dezembro, e ao vodum Xapanã, relacionado com a entidade gentil Rei Sebastião, sincretizado com São Sebastião, em janeiro, são alguns dos festejos que integram o ciclo anual da casa.



ORIGEM
Relatos apontam que o tambor de mina se origina da cultura dos negros do Reino de Daomé, atual Benin, por causa do porto de São Jorge de Mina, de onde teriam partido a maioria dos negros que vieram escravizados para o Maranhão. Deles, surgiram dois segmentos étnicos, diferenciados pelo dialeto: mina Jêge e mina Nagô.



ARTESANATO
Além do futuro livro sobre a Casa de Nagô, Márcio Vasconcelos preparou uma publicação sobre o artesanato maranhense, “Arte nas Mãos – Mestres Artesãos Maranhenses”, que foi aprovada na Lei Rouanet e está pronta, mas espera recursos para a impressão. 
“O livro destaca a figura dos artistas. Não é um trabalho sobre objetos, mas de pessoas que confeccionam peças de artesanato”, define o fotógrafo.



A publicação vai abranger mestres que trabalham com cerâmica, madeira, fibras vegetais, artesanato indígena e arte do bumba-meu-boi, de todas as regiões do Maranhão. Foram registrados aproximadamente 50 artesãos. Para realizar o projeto, Márcio Vasconcelos contou com o auxílio do pesquisador Jandir Gonçalves, um dos mais importantes de São Luís, e novamente com o poeta e jornalista Paulo Melo Sousa. “Este livro estava aprovado para ser impresso com recursos do Sebrae, mas com a mudança da diretoria da instituição, o projeto foi suspenso”, explica. 



O AUTOR
Nascido em São Luís, Márcio Vasconcelos é fotógrafo independente e se dedica a registrar as manifestações da cultura popular do estado. Costuma atender a várias agências de publicidade de São Luís e de forma paralela desenvolve projetos autorais em comunidades negras quilombolas, colônias de pescadores e aldeias indígenas do interior do Maranhão. 



A primeira exposição individual dele, intitulada “Filhos da Lua”, tratava da comunidade de pescadores da Ilha dos Lençóis (não confundir com Lençóis Maranhenses). A mostra foi apresentada em 1992, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, em São Luís. A mais recente, “Brilho de São João – Registro do Bumba-Meu-Boi do Maranhão” esteve em cartaz no Museu do Bonde, no Rio de Janeiro, em 2007. Entre as revistas que Márcio Vasconcelos já colaborou, constam Caminhos da Terra, Viagem e Turismo, Exame e Você S/A. 

Fotográfo Maranhense - Na trilha do Cangaço


Na trilha de Lampião

sex, 23/07/10
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categoria Fotografia, Notícia
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Por André Sales
O vento ardente do Sertão ainda oscila sobre as folhas secas resistentes da mata branca. Será que os talos ainda crepitam sob o sol forte? Será que os sertanejos nordestinos ainda sentem um friozinho no espinhaço quando ouvem os versos: “Olê, mulher rendeira/ Olé, mulher rendá/ Tu me ensina a fazer renda/ Que eu te ensino a namorá…”, que fizeram a cidade de Mossoró tremer, certa vez, com uma invasão de uma milícia armada?
A letra e melodia simples e alegres dessa canção tão conhecida em todo o país e, principalmente, no meio do Nordeste, em seu deserto natural, palco de grandes acontecimentos, de mitos perdidos, de uma fé prostrada a Deus, ao tempo e ao clima e à violência, compunham o hino de guerra de um dos mais legendários personagens da história brasileira:  Virgulino Ferreira da Silva, o “Senhor do Sertão”, o “Rei do Cangaço”, odiado ou querido, algoz e herói, desgraçado e bandido, santo ou atroz, facínora ou líder.
Em busca dos resquícios da passagem de Lampião por sete estados do Nordeste, o fotógrafo maranhense Márcio Vasconcelos empreitará uma campanha verdadeiramente antropológica ao realizar, até o fim deste ano, o projeto “Na Trilha do Cangaço – Um ensaio fotográfico pelo Sertão que Lampião pisou”, recentemente agraciado com o XI Prêmio Marc Ferrez de Fotografia, financiado pela Fundação Nacional das Artes (Funarte), do Ministério da Cultura.
Inspirado no livro da autora francesa Elize Jasmin e nas históricas fotografias de Virgulino Ferreira, sua Maria Bonita e seu cangaço, captadas pelo mascate e cineasta Benjamin Abrahão, que vasculhou todo o Sertão no início da década de 1930, em busca do cangaceiro para fotografá-lo e filmá-lo, Márcio Vasconcelos buscará o que ainda resta do mito para transformá-lo em imagens. “A intenção é identificar e traçar essa trilha. É um projeto que eu já penso há muito tempo. Pretendo passar mais ou menos uns dois meses dentro da trilha que Lampião fez pelo Sertão, conversando com vaqueiros, com personagens daquele ambiente, com coiteiros [pessoas que ajudavam cangaceiros, dando-lhes provisões]”, afirma o fotógrafo maranhense.
Quando gravou o único documentário sobre o Lampião, Abrahão já havia montado um vasto acervo de imagens, que ajudaram a difundir o mito do “Rei do Cangaço”, por meio da publicação em jornal, o que chegou a questionar e a fazer o Governo Federal sentir ameaçado. A presença de uma milícia em levante contra a ordem instituída pela Lei, em um ambiente esquecido, no qual a violência era usada como barganha e para saldar a honra, pressionava a vontade política.
Percurso – O fotógrafo retratará os cenários da caatinga, por onde os cangaceiros se enveredavam, em seu modo de vida rústico, sempre ligado às questões de honra, da vingança. Márcio Vasconcelos passará por cidades pernambucanas, cearenses, sergipanas, alagoanas, baianas, como Serra Talhada (Antiga Vila Bela, local de nascimento de Virgulino Ferreira), São José do Egito, Canindé do São Francisco, Triunfo e Juazeiro do Norte. Em 1926, a conhecida Meca do Sertão, no Ceará, aclamou Lampião e 45 de seus companheiros, em uma entrada triunfal, que teria mobilizado cerca de 4 mil pessoas, que assistiram ao encontro entre Padre Cícero e Virgulino.
Com o resultado do trabalho de Márcio Vasconcelos, serão montadas duas exposições permanentes a serem instaladas no Museu do Cangaço, em Triunfo (PE), e no Memorial de Lampião, em São Francisco de Canindé (SE). No fim de sua peregrinação, o fotógrafo quer montar uma publicação com o material coletado.
O fotógrafo
Márcio Vasconcelos é conhecido por ter um trabalho artístico, que já resultou em diversas exposições. Um de seus mais recentes trabalhos foi compilado no livro “Nagon Abionton – um estudo fotográfico e histórico sobre a Casa de Nagô”.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Centro Cultural Correios abriga importantes eventos de fotografia contemporânea


© Foto de Tadeu Vilani. Imagem que compõe a mostra “Dopo L'Alba - Depois do Amanhecer”, referente aos descendentes de imigrantes italianos no RS.

O Centro Cultural Correios e o FotoRio 2011 - Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro, inauguram na próxima segunda-feira, dia 06 de junho de 2011, às 19 horas, um dos mais importantes eventos do festival. O público terá a oportunidade de conhecer e participar de extensa programação: exposições dos fotógrafos André Cypriano, Flavio Damm, Giancarlo Mecarelli, Irmãos Vargas, Nair Benedicto, Leonardo Aversa, Walter Carvalho, Anna Kahn, Laurent Auxietre, Antônio Biasiucci, Fulvio Roiter, Lou Embo, Tadeu Vilani e Lorena Guillien Vaschetti. Também no Centro Cultural Correios acontecerá o Encontro de Inclusão Visual, a conferência de Nair Benedicto e as projeções de vídeos do Foto In Cena e do Cine Foto. Curadoria de Milton Guran. Centro Cultural Correios, Rua Visconde de Itaboraí, 20. Abertura dia 6 de junho, às 19h (para convidados).Visitação de 7 de junho à 17 de julho de 2011. Centro. (2253-1580).

quarta-feira, 1 de junho de 2011